Como é diagnosticada a Apneia do Sono?
O diagnóstico da apneia do sono é feito através de um estudo do sono ou com o exame de polissonografia.
Três maneiras fáceis de diagnosticar a Apneia do Sono:
- Uma maneira é perguntar ao seu/sua parceiro(a) ou a um membro da família se você ronca muito alto ou se perceberam que você pausa sua respiração durante o sono. Eles costumam ser os primeiros a perceber. (1,2)
- Uma outra maneira é responder ao Questionário de Berlim, um teste simples que indica se você corre algum risco.
- Você também pode gravar a si mesmo dormindo. Ao acordar, reproduza a gravação para verificar sua respiração.
Se você suspeitar que sofre de apneia do sono, agende uma visita ao seu médico. Não se esqueça de levar o Questionário (de Berlim) “Corro Algum Risco?” e/ou a gravação do seu sono. Existem aplicativos para smartphones que podem te ajudar com isso.
Visite seu médico
Ao visitar seu médico, ele avaliará seus sintomas e realizará um exame físico para avaliar se você precisa ser encaminhado para um especialista do sono.
Se você visitar um especialista do sono, ele fará perguntas sobre seus sintomas e histórico médico. Você provavelmente terá de preencher um formulário – geralmente a Escala de Sonolência de Epworth(1) – sobre o quão sonolento se sente quando está acordado.
Ele também poderá medir seu peso e a circunferência do seu pescoço e realizar testes respiratórios. Se você apresentar sintomas da apneia obstrutiva do sono (AOS), o especialista prescreverá um estudo do sono para confirmar o diagnóstico.
VitalAire está aqui para apoiá-lo ao longo do caminho.
Referências
1.Obstructive Sleep Apnoea, British Lung Foundation, 2014
2.Obstructive Sleep Apnoea- information prescription, www.nhs.uk
FAQ's
A apneia do sono pode piorar com o tempo se não for tratada?
Sim, a apneia do sono pode piorar com o tempo se não for tratada. A progressão da doença ocorre devido a diversos fatores, como o envelhecimento, o ganho de peso e a persistência de hábitos prejudiciais à saúde, como tabagismo e sedentarismo.
Consequências do não tratamento da apneia do sono
- Agravamento dos sintomas: com o tempo, episódios de pausas respiratórias podem se tornar mais frequentes e prolongados, resultando em uma pior qualidade do sono e maior fadiga diurna.
- Aumento do risco cardiovascular: a apneia não tratada está diretamente associada a condições como hipertensão arterial, arritmias, insuficiência cardíaca e maior risco de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
- Impactos metabólicos: a falta de oxigenação adequada pode contribuir para resistência à insulina, favorecendo o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
- Comprometimento cognitivo e emocional: a privação de sono de qualidade pode levar a dificuldades de concentração, perda de memória, irritabilidade e até quadros de depressão e ansiedade.
- Maior risco de acidentes: o cansaço excessivo e a sonolência diurna aumentam as chances de acidentes de trânsito e erros no ambiente de trabalho.
Portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, como mudanças no estilo de vida, uso do CPAP e outras abordagens médicas, são fundamentais para evitar a progressão da apneia e suas complicações.
Como funciona o exame de polissonografia?
A polissonografia é um exame que monitora a atividade do corpo durante o sono, sendo o principal método para diagnosticar distúrbios como a apneia do sono. Ele pode ser realizado em um laboratório do sono ou em casa com um aparelho portátil.
Etapas do exame
1- Preparação: o paciente chega ao local do exame (ou recebe orientações para o teste domiciliar). Sensores são colocados no corpo para registrar diversas funções fisiológicas durante o sono.
2- Monitoramento: durante a noite, o equipamento, a depender do tipo, pode registrar dados como:
- Atividade cerebral (Eletroencefalograma - EEG): avalia os estágios do sono.
- Movimentos oculares (Eletro-oculograma - EOG): identifica as fases do sono.
- Atividade muscular (Eletromiografia - EMG): detecta possíveis contrações musculares anormais.
- Frequência cardíaca e nível de oxigenação (oximetria de pulso): indicam alterações respiratórias e cardíacas.
- Fluxo de ar e esforço respiratório: verificam interrupções na respiração.
- Movimentos corporais: detectam sinais de inquietação ou distúrbios motores.
Conclusão e análise: após o exame, os dados são avaliados por um especialista em sono, que identifica padrões anormais e diagnostica possíveis distúrbios.
Tipos de polissonografia
- Completa (em laboratório) ou do Tipo I: realizada em clínicas especializadas, fornece um diagnóstico detalhado por meio dos canais citados acima.
- Domiciliar (simplificada ou do Tipos II, III e IV): usada para facilitar o acesso ao diagnóstico e monitorar parâmetros essenciais garantindo uma avaliação médica eficaz.
Esse exame é fundamental para entender a qualidade do sono e indicar o tratamento adequado para distúrbios respiratórios e neurológicos relacionados ao descanso noturno.
O médico pode recomendar mudanças no estilo de vida além do uso do CPAP?
Sim, além do uso do CPAP, o médico pode recomendar diversas mudanças no estilo de vida para melhorar a qualidade do sono e reduzir os sintomas da apneia do sono. Essas recomendações geralmente incluem:
- Controle do peso – O excesso de peso, especialmente na região do pescoço, pode contribuir para o bloqueio das vias aéreas. Perder peso pode reduzir significativamente os episódios de apneia.
- Prática regular de exercícios – Atividades físicas ajudam a melhorar a função respiratória, fortalecer os músculos das vias aéreas e reduzir o risco de agravamento da apneia.
- Evitar o consumo excessivo de álcool e cafeína próximo ao horário de dormir – Substâncias como álcool e derivados de cafeína relaxam excessivamente os músculos da garganta, aumentando as chances de obstrução das vias aéreas durante o sono.
- Adotar uma posição adequada para dormir – Dormir de lado, ao em vez de barriga para cima, pode evitar o colapso das vias aéreas e reduzir os episódios de apneia.
- Melhorar a higiene do sono – Criar uma rotina de sono saudável, evitar telas antes de dormir e manter um ambiente adequado para o descanso podem auxiliar na qualidade do sono.
- Parar de fumar – O tabagismo pode causar inflamação e inchaço nas vias aéreas, piorando os sintomas da apneia do sono. É necessário ter acompanhamento profissional caso decida interromper o hábito.
Essas mudanças, combinadas com o uso do CPAP, podem proporcionar uma melhora significativa na qualidade do sono e na saúde geral do paciente. Consulte o seu médico.