Recomendações para Nutrição Enteral na pediatria
Importante fonte de nutrientes, a nutrição enteral deve ser feita seguindo algumas diretrizes médicas
Publicado em Março 18, 2022
Quando a criança apresenta algum problema de saúde, os médicos podem indicar a alimentação enteral como alternativa para os pais, nos casos em que as refeições não podem ser feitas por vias comuns. A ingestão dos alimentos pode ser realizada por meio de uma sonda posicionada ou implantada no estômago e no intestino delgado. Nesse caso, os alimentos estão na forma líquida ou em pó.
Em neonatos, o processo deve ser feito com o máximo de atenção e cuidado. A administração de dieta enteral em recém-nascidos, principalmente os prematuros, reduz fatores de risco para infecção, o que impacta significativamente na qualidade assistencial. A nutrição enteral mantém o aporte hídrico, homeostase glicêmica, normalização de concentrações minerais e eletrólitos e reduz fatores de risco para enterocolite necrotizante.
Os prematuros correm um risco maior, já que a mineralização óssea acontece principalmente no último trimestre da gestação. A vitamina D, cálcio e fósforo materno são importantes na determinação da saúde óssea do bebê, por isso a nutrição enteral para crianças deve ser indicada e acompanhada por médicos.
Para pacientes críticos pediátricos, a avaliação nutricional deve ser realizada em até 48h. Existe uma classificação do estado nutricional proposta pela OMS, através de escore z para IMC e peso para idade. As necessidades energéticas podem ser estipuladas por calorimetria indireta, pela equação de Schofield ou pelas fórmulas preditivas propostas.
Quando a nutrição enteral é indicada na pediatria?
Existem vários cenários em que a nutrição enteral é indicada nesta faixa etária, tais como: risco de aspiração pulmonar; recém-nascidos com menos de 34 semanas e impossibilidades de realizar a alimentação oral; obstrução do trato digestório alto, entre outras situações. Porém, há muitas barreiras que cercam a oferta de Nutrição enteral para crianças. Por esse motivo, as instruções dos profissionais de saúde são tão essenciais.
Algo que deve ser tratado com cuidado também, é o preparo emocional da criança e dos familiares durante o processo de nutrição enteral na pediatria. Isso porque a criança precisa se sentir acolhida e ter uma rotina adaptada para a dieta. Muitas vezes, é indicado que os pais realizem o acompanhamento psicológico e conversem com outras famílias que estão na mesma situação. Esta roda de apoio pode ajudar nos cuidados com a criança.